sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

retrospectiva de seis meses

“eai, tudo bem? como foi a noite?”
eu queria muito poder começar uma conversa assim de forma casual (algo que a nós dois não conhecemos muito bem).
não me leva a mal, eu realmente quero saber como foi e espero que tenha sido legal, mas é que a minha foi uma merda então eu nem teria como te responder um “foi legal tbm”.
tá, até que a noite não foi tão ruim, eu exagerei um pouco, mas acordar foi complicado. o celular despertou, eu chapada de sono liguei o soneca e quando virei pro lado lembrei que meu dia ia ser comprido. eles tem sido assim nos últimos meses. vem semana, passa semana e eu me deparo sempre com uma situação inusitada de desconforto que, no alto dos meus 21 anos, não pensei que poderia acertar na loteria tantas vezes seguidas e com tamanha assiduidade. acho que é coisa de leonina.

é, acho que 2015 foi recheado de paradoxos.

nos últimos meses eu consegui tanta coisa boa que eu me perco quando tento lembrar. troquei de ape, deixei de lado umas amizades que não eram boas, encontrei gente foda que me inspira todo dia, ajudei a colocar na rua um projeto foda que dá um retorno imenso pras minas que eu nem conheço, ajudei a colocar uma semana de palestras dentro de uma das universidades mais neo liberais e preconceituosas do brasil, me aventurei num novo emprego e fiz um trampo que eu me orgulho tanto que se eu pudesse ficaria o dia todo na penseira do Dumbledore só pra reviver aquelas horas do caralho. muita coisa boa.

mas nesses últimos tempos eu to sempre me preocupando demais, noiando demais, vendo problema demais nas coisas. se a pessoa tá cansada e resolve dormir, provavelmente é minha culpa (“não dei no tranco”), se eu chego no role e dou um beijo mais perto da boca eu provavelmente me precipitei, se eu vou pro role com os meus amigos em outra cidade e espero dar uns beijos já me sinto a “loka desesperada por atenção”, se eu vou pro role com meu “kit pernoite” e acaba não rolando pq meu amigo precisa ajudar uma amiga e eu fico triste acabo sendo uma babaca. get a life!!!!

foi ai que eu parei pra pensar o que eu queria de diferente em 2016. o que eu ia levar de aprendizado. percebi que eu tenho que noiar menos e, consequentemente, esperar menos. a questão é que eu nunca acreditei na famosa “segunda-feira eu começo”. coisa boa tem que começar o quanto antes pra gente aproveitar o máximo que der, cada segundinho. e só pra transcrever tudo isso eu já perdi um par de hora, nao quero mais me alongar. vou terminar bem curta e grossa (esse é meu jeitinho) pra levantar dessa cama e viver meu dia sabático de coração aberto.

tu ta de boa? eu to de boa, mas não sei até quando.


ps.: eu até podia escrever mais e melhor, mas não quero.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Espelho da alma

    Hoje eu acordei e pelos primeiros 3 minutos acreditei que seria um bom dia, na medida do possível. Até que caí em minha própria armadilha e busquei na memória o que me aflingira na noite anterior. Pronto. Ticket comprado para 7 dias de sofrimento. Percebi que a próxima semana seria tomada por pensamentos inúteis. 
   Aos poucos me acostumo com esses períodos cujo meu pensamento assume proporções avassaladoras e parece mais rígido que um general passando ordens a um bando de baderneiros. O que deixa toda a situação mais desesperadora é o fato de que sou meu próprio baderneiro e general. É uma disputa de quem grita mais alto dentro de mim. A todo instante tenho vontade de bater a cabeça na parede até tudo ficar em silêncio, mas é claro que isso não acontece. 
      Nessa sucessão de dias sufocantes sinto em cada célula que sou o pior ser humano que caminha pela face da terra. O som da minha voz me incomoda profundamente, o mesmo do sorriso abestalhado que mostra demais, ou como minha língua descansa entre os dentes quando seguro a careta de felicidade. Jamais teria me dado conta se não fosse um ex namorado que fez questão de apontar essa mania no término da relação. Obrigada, agora tenho mais um argumento contra mim. 
      Caminho na rua irritada com passos desconexos e a posição que transparece a falta de confiança. Mudo a visão dos pés para as pernas e lembro que anos de má postura me renderam pernas desnecessariamente tortas, como de dois gravetos tivessem crescido e se adaptado a um obstáculo. 
     Desejo desaparecer. Questiono-me o sentido de ainda respirar, já que sou mais uma formiga operária seguindo ordens e mantendo tudo nos trilhos. Fico insatisfeita ao constatar que essa é a posição da natureza, ela quer nos manter vivos custe o que custar, e não será hoje que essa vida vai acabar. Contente-se. Siga as regras, faltam 7 dias. (((((:


Screaming Head 4, Guy Denning


segunda-feira, 30 de junho de 2014

Liber. Dade.

Posso lutar por ela,
Correr, quebrar, discutir.
Por maior que seja o esforço ela aparece quando quer.
Some da mesma forma.
Não é algo que posso controlar!
Não depende só de mim, mas de quem está comigo.
Ah, liberdade!
Penso se sobreviveria a ela,
Viver por conta própria.
Cometendo erros.
Meus erros.
Ressurgindo.

As vezes o livre arbítrio é um peso gostoso de se conviver.

terça-feira, 24 de junho de 2014

O ritmo do tempo

Os dias passam, a velocidade depende da quantidade de pensamentos. Quanto mais focada em não pensar melhor me saio na tarefa de não sentir. A angústia é como uma brincadeira de parque, quanto mais longe, maior a força que você será abrangido de volta. Fechar os olhos não faz o pêndulo parar, na verdade faz a gente esquecer que uma hora ou outra perderemos a luta contra o relógio.

Adeus tic tic.

sábado, 21 de junho de 2014

Encerramento de ciclo

Nightmare in Milan, por Sumi

Cá estamos 21 de Junho de dois mil de quatorze. Fim do primeiro semestre, meio de Copa do Mundo e apenas mais uma folha no calendário.
Reuni forças pra fazer algo que a muito me pego pensando. Respirei fundo, inalei pelo nariz e expirei pela boca. Se tivesse alguém ao meu lado provavelmente pensaria que estou entendiada, mas esse exercício serve de combustível. Quando menos percebo sinto meus dedos deslizando pelas teclas, já macias após tantos anos de uso, do meu notebook.

Inspira. Expira.

Sensação de exposição, total nudez da alma para pessoas que nem conheço. Palavras são fortes instrumentos de ajuda e também de tortura. 

Descarrego elas da forma mais crua que consigo. Cada ponto e parágrafo alivia. Se por agora elas parecem terapêuticas sei que logo tomará lugar o arrependimento e novamente as engolirei, preenchendo de incerteza, mais uma vez, minha mente.



Terei coragem para um próximo capítulo?

Dúvidas.

sábado, 10 de março de 2012

Tattoo do dia: círculo de caveiras

Caveiras simbolizam amor eterno, assim como um circulo representa um ciclo perfeito. Romântico não?!


Tendência: Cropped Boots


   Estava procurando algum assunto interessante para postar e lembrei de um projeto antigo sobre as Cropped boots. Na época não encontrei imagens suficientes para postar devido ao auge dos coturnos, mas já era evidente que nossas queridas botas de guerra alemã seriam trocadas pelo charme básico e simples das "botinas". 
   Quando fui pesquisar looks mais atuais me deparei com a enxurrada de modelos. Virou febre neste inverno europeu e acredito que em pouco tempo conquistará também as brasileiras mais antenadas.



segunda-feira, 5 de março de 2012

Christian Dior Fall 2012/2012, Paris Fashion Week

Nesta estação mesmo sem o nome do sucessor de John Galliano, o diretor criativo da Dior ,Bill Gayten, foi novamente o responsável pelo desfile Ready to Wear da marca. Gayten apresentou peças inspiradas na alfaiataria masculina da maison e no universo das bailarinas. Na passarela a alfaiataria foi vista em forma de blazers, saias lápis e calças cropped, já as meia-patas que lembravam sapatilhas, rabos de cavalos, chapéus com a forma dos adornos de cabelo das dançarinas eram responsáveis pelo lado feminino juntamente com a cintura marcada, referência ao New Look criado por Dior. Os looks iam do rosa pálido ao cinza, passeando pelo laranja vibrante, vinho, marrom e azul. 


Desculpem o tamanho da imagem, erro de cálculo...